Noite vazia


Toda vez que saio, sinto o mesmo vazio. É como se eu não pertencesse a esse mundo de pessoas fúteis, que dão mais valor ao conteúdo de massa muscular do corpo do que ao de assuntos interessantes no cérebro. Pessoas vazias, à procura somente de uma boca e um corpo que sacie aquela noite, e nada mais. Até gente atraente, que antes tinha um potencial de admiração alto, tornam-se insignificantes quando movidas pelo efeito alcoólico. Por isso que na maior parte das vezes, me sinto mais confortável  na tranqüilidade do meu recanto. Pelo menos não vou fazer meu ouvido de lixeiro, escutando barbaridades de gente vil. O que alguns chamam de “anti-social”, eu  titulo de aversão a gente ‘mais ou menos’, mais pra menos do que pra mais.

(Bianca Nunes)

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