Tira o doce da criança, e tira o doce da vida.

Toda criança com uma infância feliz teve um brinquedo predileto, ou uma roupa que não queria mais tirar (ficava observando o varal, esperando ela secar), ou um sapato que, se pudesse, dormiria até calçada, ou um personagem de desenho favorito e inspirador. Mas o brinquedo uma hora quebrou, a roupa uma hora lascou, o sapato ficou pequeno e o desenho parou de passar na TV. Mais tarde, já adulto, você achou alguém e sorriu, brincou, se divertiu, como se estivesse com aquele seu brinquedo predileto, você foi feliz com uma pessoa com a mesma satisfação e prazer de uma criança ao vestir sua roupa favorita, você zelava a pessoa e não queria mais largar (nem sequer na hora de dormir) do mesmo jeito que fez com os sapatos, e imaginou, sonhou, fez planos, tornou a pessoa o seu herói, sua fonte de alegria e inspiração...Mas a vida veio, e te tirou tudo isso. Como se a felicidade não tivesse que durar muito, como se momentos bons fossem dados de época em época, e que marcariam sua vida inteira, mas não ficariam nela. E nessas horas eu me pergunto, será que vivemos para sofrer ou para sermos felizes? Será que perder o que amamos é uma prova de resistência? Porque se for, a vida já poderia me informar onde posso pegar o prêmio.

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